sábado, 4 de setembro de 2010

BRAAAVO!


Por um acaso surgiu a oportunidade de assistir a peça. Se no saguão não tivesse o único folder - que (graças ao céu) provavelmente foi abandonado por alguém - e se a noite não estivesse ociosa como esteve, talvez eu permanecesse sem ser conhecer uma das melhores noites que a vida me reservou.

Cheguei no teatro sem saber nada. Nem a sinopse foi lida. Desse jeito, não seria difícil que eu me surpreendesse com qualquer coisa. Mas confesso que tudo foi além. A surpresa ficou de lado. Foi abandonada por uma integração muito forte - como se eu tivesse nascido pra estar ali: na platéia DAQUELA atração. Aquilo tudo era meu demais.

O conjunto inteiro foi agradável, começando pelo auditório - pequeno e esfumaçado: perfeito. Deus encarregou-se por colocar-me na segunda fila, quase dentro do palco. Melhor ainda.

A propósito, uma das muitas coisas aprendidas:

"Deus está nos acasos"

Claro que sim! É óbvio que sim! A parte boa é que eu sempre soube disso, HAHA!
Outra observação: foram tantas sequências e falas maravilhosas que, sinceramente, minha vontade era de anotá-las todas - afim de guardar pra posteridade.

Os atores incríveis. Artistas de fato. Encantei-me prontamente por Madame Clessi (Regina Bastos - irretocável!), Roberto (Tiago Luz - é como ele que eu quero ser quando puder ser alguém como ele), Silvia (Martina Gallarza - magnífica) e Paulo (Marcel Gritten - incrivel!).

A mistura de todas as histórias, tão fora e tão dentro do foco... Fantasmas do passado mais vivos do que qualquer coisa... Tudo obra de uma sacada - com o perdão da má palavra - FODA AO EXTREMO! Meus parabéns ao diretor Edson Bueno. E um caloroso salve a Nelson Rodrigues!

Precisei dar vazão à alegria que senti por ter presenciado o espetáculo. Pode-se dizer que a viagem que fiz tornou-se válida por ter vivido essa experiência. Partilhar: essa é a intenção desse texto - fazer jus às mãos que tenho (assim como aprendi na peça). Infelizmente não conseguirei descrever ou passar tudo... E, pensando bem, não quero exteriorizar tudo - quero guardar boa parte comigo. Dentro aqui, por muito - e ponha muito - tempo.

Murilo Franco

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