quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MANIA DE ESQUECER

Você diz que é desleixo, lerdeza e falta de atenção. E que a cabeça eu vou terminar perdendo. Mas que fale... Se o que me importa é ver você de novo, não custa esquecer alguma coisa contigo. Por onde ando, vou semeando meus pertences. Aquele casaco no banco de trás, o livro sobre a cômoda, uma bermuda na gaveta, os pés das meias no varal...
É coisa minha que, por hora, é sua. Sou eu de presente - em doses homeopáticas e com vencimento. E se sou eu contigo, por favor, não se apresse na devolução. Porque, em especial, eu não me deixo esquecer de algo: você precisa lembrar de mim. De resto, tudo é pretexto para que haja um reencontro casual.

- e mais outro, e mais outro -
Corcel na Tempestade, Adalto Magalha & Almir Guineto