sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SOBRE REFLEXÕES REVOLUCIONÁRIAS E FINADOS ÍDOLOS POP

Determinado tipo de coisa, mesmo em dias onde não se tem tempo sequer para respirar, quando chega ao nosso conhecimento, diria eu que nos {me} fazem refletir bastante acerca da flexibilidade da ponta do rabo da largat...rs

Afinal de contas, não é todo dia que se ouve no rádio que um(a) vereador(a) de Salvador, muito sensibilizado(a) com a vinda - há somente cinco mil novecentos e quatrocentos e quinhentos {13} anos - de Michael Jackson (in memorium) ao Brasil, elaborou a mangífica proposta de "condecorar" o finado com o ilustre título de CIDADÃO SOTEROPOLITANO. Mas é evidente que uma informação dessa comove qualquer cristão...

Não acaba por aí. Uma vez que o agraciado com o título cometeu o despropósito de de "ir-se", o jeito seria conceder o título, EM SEÇÃO SOLENE, a algum intermediário. Por que não a algum membro da família? Afinal de contas, em algum dia da existência dos Jackson's seria necessário que descobrissem o que significa América Latina, BRASIL, NORDESTE, BAHIA e SALVADOR... Com toda a certeza, seria uma experiência de magnitude insuperavel!

Dizem que o finado tinha umas criancices acolá... Acredito até que "pegaram na merda" ao prometerem esse título. O cadáver há de estar em incontroláveis chiliques e birras querendo a condecoração (uma coisa trágica e trash como um filho de rico no supermerdado... Até porque na QUIN-TAN-DA da pobrada não tem espaço no chão pra criança pobre ficar rodando e pulando.) Rápido! Chamem a Super Nani do inferno para ensinar boas maneiras infantis ao cinquentão!

"MÃE, EU QUERO BRÓCOLIS!!!"

Eu, por exemplo, acredito que não tenha sido uma falta de educação do finado ao "sair à fancesa" ANTES do "evento". No mínimo, era preciso algum aviso prévio...! Quem sabe, assim, ele resolvesse "adiar" a partida para depois? Deve ser tão mais musical morrer sendo baiano... No mínimo os "anjos" que o conduziriam ao "next level" tocariam berimbau pra ele... Depende. O berimbau seria se ele fosse para o céu. Se o cão viesse buscá-lo, garanto que seria em cima de tum trio elétrico...

"...me leva que eu vou, soonho meu..."

Tá, é humanamente impossivel {ou não} uma criatura passar todo um dia pensando em escrever esse tanto de besteiras... O que REALMENTE me fez refletir bastante (aqui empregado só no sentido de "enfatizar". Até porque para compreender {e saber} o que você vai ler agora não é necessário nem meio neurônio. Nós, BRASILEIROS, desde que nascemos já sabemos disso:)

COMO UM TRABALHADOR QUE GANHA SEUS MIL'S {e olhe lá} SE PRESTA A UM SERVIÇO DESSES? NÃO É POSSÍVEL QUE OS PROBLEMAS COMO A FOME, O DESEMPREGO, A MISÉRIA, A SAÚDE, A EDUCAÇÃO, A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, A DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS, A PROSTITUIÇÃO, AS DROGAS, A MORTALIDADE, A SEGURANÇA, (...) ESTEJAM, COMPLETAMENTE SANADOS A PONTO DE OS ""HOMENS-DO-PODER"" SE REUNIREM {quando se reunirem} PARA TOMAR CHÁ DAS 5, OLHAR PRO TETO E ELABORAR PROPOSTAS COMO A DE CONDECORAR UM DEFUNTO QUE GRAVOU UM CLIP NA FAVELA HÁ 13 ANOS E QUE NÃO MUDOU ABSOLUTAMENTE NADA NA VIDA DE ZÉ NINGUÉM E É TRATADO COMO SANTIDADE.


O que me admira, e revolta, é a seriedade com que eles debatem essas futilidades. Dia desse decidiram que pra ser jornalista não é preciso ter diploma. (Me diz, QUEM liga pra isso? Tem alguém morrendo por aprimorar suas técnicas fazendo o curso? Depois tem essa porrada de gente desqualificada que não sabe fazer uma entrevista e "ninguém" sabe de onde veio.) Outro dia, ainda, antes de morrer, um deputado acolá, lançou a proposta dos enteados receberem, legalmente o sobrenome dos padrastos, em nome do laço fraterno que, fortemente, os liga. (Agora me digam: O que é um nome? O que é um PAPEL? É REALMENTE necessário, para que ambos confirmem "votos de amor eterno, até que a morte os separe" que troquem SOBRENOMES? Qualé? Né nem casamento!!)

Nosso ilustre presidente, não pode ficar JAMAIS atrás. Uma verdadeira legião de pessoas envolvidas e engajadas em coletar um milhão de assinaturas em prol de tentar salvar a amazônia, após conseguirem o mais difícil que foram as assinaturas, não conseguiram marcar uma única meia horinha com o governante para entregar o pedido de um milhão de pessoas. Tiveram de pensar em fazer vigília em frente ao palácio pra ver se o cara recebia as assinaturas "pra ontem" e resolvesse CUMPRIR A LEI. Agora, quando o assunto é CÚRINTHIA, em cerca de 5 segundos o camarada arranjou uma brechinha na "atribulada agenda presidencial" para pedir que o vôo com os jogadores fosse desviado para Brasília, onde a "social presidencial" seria mais fácil de ser feita. Será que é de LASCAR? Que nada, tudo isso é fichinha...

\o (Y) o/

É por essas e outras que eu digo:

Se um dia eu for presidente desse país, demito TODOS os vereadores, todos os secretários, sub-secretários, acessores, deputados distritais, federais, nhanhanhais. TODO MUNDO DÉ-METIDO. Deixo só um governador em cada estado e um prefeito em cada cidade (cada um ganhando um salário mínimo). O senado / congresso / palácios? Rá, vira tudo cabaré (só que dessa vez, OFICIALMENTE. Tanto que quem for administrar não vai sentir nem diferença entre passado-presente.) aí sim o Brasil será uma potência mundial e crescer como ninguém.

Leia a notícia-inspiradora na íntegra.




domingo, 16 de agosto de 2009

ENTRE NACIONAIS E IMPORTADOS

Foi vendo o filme nacional "ENTRE LENÇÓIS" que eu compreendi o preconceito que algumas pessoas têm com os filmes brasileiros...

Assistam ao trailer:
www.youtube.com/watch?v=cfX3LRvYCrM

Tá, eu admito. Não gosto muito de filmes "importados". PRINCIPALMENTE os norte americanos (enlatados). Sei lá, acho tão mais interessante filmes nacionais - não é preguiça de ler legenda ¬¬. Não que eu seja contra tudo o que vem de lá. É só uma questão de gosto. Acredito que os nacionais tenham mais história, sejam mais interessantes (sabe-se lá, talvez seja só comigo. Porque até meu gosto musical e literário são mais "patriotas"). É claro que não são todos os filmes 'daqui' que prestam, ou que todos os 'de lá' sejam ruins. Mas essa maré de filmes que só têm a "qualidade" visual "boa", mas que os atores são um lixo e o roteiro segue o mesmo caminho já (me) cansaram. Tipo: NÃO EXISTE mais espaço para os famosos "BESTERÓIS AMERICANOS" na humanidade. É espantoso ver como a indústria cinematográfica não se cansa... Ainda no assunto de filmes americanos: Como eu me desapontei vendo um tal de PRESSÁGIO onde a propaganda era ter no elenco o tal do Nicolas Cage... Que filme ruim da peste. No começo você JURA que ele presta (principalmente por aquela criancinha do mal que aparece, ou pelos acidentes...) mas o resto e o final estragam tudo. Depois de mais esse fiasco cinematográfico de Hollywood eu decidi só assistir filmes "enlatados" se neles constassem - no mínimo - alguma indicação ao oscar, sem que essa fosse de "efeitos especiais".

A quantidade de gente no Brasil que não gosta de filme nacional deve ser maior do que a existência todos os filmes lançados no mundo. No início eu me aborrecia com isso. É aí que entra o "SANTO ENTRE LENÇÓIS" que só serviu pra me fazer compreender o porquê de brasileiro não gostar de filme nacional, e de quebra me presentear com mais compreensão com as pessoas. Afinal de contas, ''é preciso tolerar a loucura alheia'' (né, Déa?) . Tem gente que diz que só tem cabaré, palavrão e sexo. E no caso DESSE, em especial: SIM.

Sempre tive na minha cabeça que se existe o tal do "JANEQUINI" metido em alguma produção, já é indicação de merda (afinal de contas, QUEM foi que disse que ele é ator?). Em alguns casos, se o resto do elenco for MUITO bom, pode ser que o filme se salve. O que não é o caso de ENTRE LENÇÓIS, onde só existem dois atores. Vai ver que quem inventou de fazer o filme só tinha dinheiro pra pagar os protagonistas... Nem a locação ajudou!... As mil horas do filme - que não termina nunca - se passam dentro de quatro paredes de um motel (alguma dúvida de que só existe sexo no filme? Antes fosse! Depois das 1500 "rapidinhas" - humanamente impossíveis - o casal que nem se conhece tem uma série de picuínhas e mi-mi-mi's - os quais, vale salientar são só para encher linguiça, e intercalar com as cenas quentes - como se estivessem comemorando 50 anos de casados.)

Pra variar, o filme começa numa festa, depois é motel, motel, motel. Pra quem quiser ver o "filme" na esperança de achar alguma coisa interessante, além da Paola Oliveira de "frente-e-verso" (como diz Bel do Soltando as Trompas: "vai se prolongar nos meu sonhos mais molh..rs") , perde é tempo. O filme as vezes chega a ser tão "sem noção" que na hora que o casalzinho faz um pacto de sinceridade pra contar todos os podres, o cara inicia as perguntas querendo saber "O QUE AS MULHERES FAZEM NO BANHEIRO QUANDO VÃO EM BANDO?!" Putz, é demais pra cabeça de qualquer um. Em 5 segundos qualquer um faz uma pergunta melhor. É evidente que a intenção do filme é SOMENTE mostar os dois pelados. Resumindo: é mais um filme que estraga toda uma reputação, que já é bem desgastada, dos filmes nacionais.

O que me conforta é saber que ele (felizmente), assim como muitos dos bons filmes nacionais (infelizmente) , não "cairam nas graças" do povo. Até porque brasileiro pode não gostar de filme, mas de uma tal de novela...


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

E AÍ, FAZER O QUE DA VIDA?


"cursosuperiormente" falando

Há algum tempo atrás, estava eu feliz e satisfeito gritando aos quatro ventos que seria auxiliar de moto táxi do 3º ano pra frente. Ou então, vender rede era uma opção. Afinal de contas, existem muitas redes no mundo a serem vendias... Mas, infelizmente, o negócio não funciona assim. E toda a desgraceira, quando se trata de escolher uma profissão, deriva de uma única palavra:

cobrança.

Vale salientar que a indecisão não é uma regra. Porque SIM, sempre existem pessoas sem um pingo de sal as quais, também, não possuem solidariedade para com a angúsitia alheia e já sabem, desde o pré que curso farão. Digo "sem sal" porque afinal de contas, o "bom da vida" é você nascer dizendo que será médico, crescer gritando que será cozinheiro, sonhar em fazer história, escolher fazer agronomia e no fim das contas, morrer sendo um músico.

Voltando à cobrança... Ela é o tipo da coisa que rodeia qualquer cidadão até mais do que o ar. E nessa época, que é onde mais se precisa de silêncio para ouvir o que nossa própria voz diz, que a infeliz aumenta o volume a ponto de não nos deixar dormir. Vem de todos os lados, de todas as pessoas e sai até daquilo que não pensa ($). Existem pessoas que sabem (aprenderam a) lidar com ela (depois de terem levado muita pancada, ou não. Os sem graça sempre existem...) Tem quem não acredite mas a pior de todas é aquela que vem de dentro. Porque em algumas pessoas essa não é mais do que a soma das que vêm de fora. Nesse mundo a maioria das coisas vêm por imposição. Quer seja da sociedade, do dinheiro e da vida em si. A questão é onde o cristão coloca toda essa cobrança e imposição. Não se pode também colocar um "tapa-olho" de cavalo e sentar no lugar "do cabeça-dura" em programa de auditório. Determinação é importante, mas só quando existe um propósito formado e firmado. Quando não se sabe pra onde ir é importante ouvir e FILTRAR o que presta e o que, consequentemente, não.

Assim como Vanessa da Mata diz que só existem alemães no Brasil, eu "afirmo" que só existem médicos e advogados no mundo. Essa é o tipo da imposição e cobrança que já passou do tempo de ser filtrada e esquartejada ao invés de ser canonizada por muitos. Não que eu desmereça as profissões, são até simpáticas. O problema é a cegueira. "SÓ É FELIZ QUEM É MÉDICO!", "SÓ OS ADVOGADOS SE REALIZAM PROFISSIONALMENTE!", tudo isso em prol de que? De DINHEIRO?! Se for assim, qualquer dia desse, do jeito que as coisas andam, eu faço geografia pra poder ganhar MILHÕES porque, certamente, no futuro, não vai ter ninguém no pra poder "conduzir" um cidadão à faculdade pra ele virar um "bem-sucedido médico". Sou adepto do reconhecimento. Se você é INCRIVELMENTE BOM naquilo que você faz e for DISPOSTO não há limite que te segure!

Outro problema é que todo mundo quer ter vida boa desde o início. Todo mundo quer sair da faculdade e virar juíz. Todo mundo quer sair da casa dos pais pra ir luxar em um AP 15 quartos, 20 suítes, com cama giratória e tudo o mais... Ninguém quer RALAR de verdade. Ninguém quer suar um rio amazonas e depois, só depois, cantar a glória. É chato ouvir que só a morte é irremediável. Mas mais chato ainda é reconhecer que é verdade. É mais do que excelente, incrivelmente excepcional você acertar em cheio naquilo que você quer pra sua vida e entrar no curso de primeiríssima. Mas não é sempre assim, nem todo mundo nasceu pra estudar, nem todo mundo tem essa oportunidade, nem quem tem quer sempre, nem todo mundo que quer passa e nem todo mundo que faz gosta. Pessoas que nunca arrancaram os cabelos da cabeça uma única vez na vida não são confiáveis (cuidado, tá na moda ser psicopata!), mas fazer dessa depilação um vício não vai sequer te passar de ano, quanto mais te inserir numa faculdade, ou seja lá qual foi o seu objetivo. É a chatisse de saber dosar tudo (deixando claro que enventuais descontroles, AS VEZES, raramente, uma vez na vida e outra na morte, fazem mais bem do que mal...)

Com essa onda de profissões negligenciadas, que nós sejamos guardados de nos tornarmos maus profissionais, afinal de contas, existem muito mais "picaretinhas" do que o inferno pode aguentar. Em um mundo onde existe preconceto - que é aquela coisa que você NEM conhece e já sai cultivando intolerâncias - referente à cor da pele de uma pessoa que se dirá do que ela escolhe pra fazer na vida? ...Tem dia que dá vontade de pedir pra que Deus tivesse feito a humanidade muda... Nunca vi coisas para falarem TANTO... Falam de tudo, metem o pau em tudo (sendo eu um "exímio critico", reconheço essa mazela - a avaliação do CESPE sobre as minhas "habilidades e competências" está aí e não me deixa mentir...rs) Se não houvesse no planeta espaço para "todo mundo" a "redondinha" já teria rebolado mais da metade pro meio do inferno. Mas calma lá, cuidado nesse "horror de gentes" que você, humanidade, anda botando no mundo!... Mas esse é um ponto pra OUTRO post.... Outra coisa: a história de "ouvir o que o coração diz" é uma furada! Não caiam nessa. Até porque, existem pessoas """"evoluídas"""" como eu, que no lugar de coração têm uma muela, que convenhamos, é bem mais útil (HAHA).

É muito assunto pra uma noite só. Finalizo registrando TODA a minha revolta/discrença nas merdas dos "testes vocacionais". ESPECIALMENTE desses que você acha no Dr. Google. Quem sabe o que você quer fazer, isso se quiser fazer alguma coisa, é você, MERMÃO! É bem simples, basta você respeitar e entender as suas vontades. Só porque você quer fazer letras e tem besteira com o curso NUNCA se iluda que fazendo um teste desses vai sair ENGENHARIA DAS REPIMBOCAS...



domingo, 9 de agosto de 2009

ENTRE POBRES E RICOS


ensaio sobre a convivência de classes

Mesmo sabendo que em outros locais (estados) o show seria mais caro, resolvi comprar o ingresso (carteirinha na mão, e cambitas pra aguentar o filão). A vontade de ir falou mais alto do que a possibilidade de acontecer alguma "eventualidade" desagradavel - afinal de contas, tava quase de graça, e um dos dogmas da minha existência é:
"sendo de graça, ou quase. encara-se até injeção na testa!"

Além do preço estar bom - aqui empregado no sentido de: "adequado à minha perrapadês"(Y), a certeza era plena de que o show seria mais do que incrível (e, para mim, realmente foi).

Chegado o dia do show - ansiedade matando, por mim teria saído de casa 1500 horas antes do horário previsto, pra acampar no portão e ser o primeiro a entrar tendo, certamente, a sorte de ficar na beira do palco (vale salientar que isso era a minha vontade, e como diz uma amiga minha, "aprendí que vontade é uma coisa que dá e passa"). Tudo nos conformes - ou seja, não como eu tinha previsto, mas só IR já era uma vitória - até mesmo o engarrafamento do inferno não em perturbou.

Muita gente no portão, muita gente lá dentro. Estava eu radiante, afinal, a batalha da "ida" já estava vencida. Passada a etapa da catraca, eis que deparo-me com A COISA DESAGRADÁVEL que tinha mencionado. "PÓTA QUÉ PARÉU", uma verdadeira segregação monetária entre os magnatas que pagaram TRE-ZEN-TI-NHOS por uma mesa - de PLÁSTICO, nem de ouro era... (¬¬) - e os pobres estudantes (vale salientar que POBRE-ESTUDANTE e ESTUDANTE-POBRE, em 99,9% dos casos, apresenta-se como redundância, uma vez que estamos abaixo do cocô do cavalo do dublê do quadjuvante que não passou no teste pra acompanhar, de costas, em uma única cena a comitiva do bandido, quando se trata de situação financeira, é claro) que segundo minha acompanhante ;9 eram compostos, na maioria, do pessoal de letras - gente inteligente, está a OUTRO degráu na vida... É como se Deus dissesse assim: "Olhe, meu filho, você será pobre, mas pelo menos, será inteligente." - é claro que esse tipo de coisa comove qualquer um... - Então, retomando o foco: o problema não eram os estudantes, o problema, na certa, era COM os estudantes.

Em frente ao palco, estendia-se uma grade quilométrica que reservava toda uma faixa retilínea às dimensões do palco para as mesas. Para a pobrada restaram os espaços além da grade, e os pobres que quisessem ficar mais próximos do palco, para ver de perto o artista - sem ser pelo telão, tinham de se espremer em uma rampa que estava voltada desfavoravelmente pro lado de fora do palco. Ou seja, os pobres previnidos que chegaram primeiro encostaram na grade e estava tudo em paz. Já os que chegaram depois se acomodavam atrás dos sortudos da frente, e os que ficavam mais atrás só viam as cabeças dos demais, já que a rampa arruinava tudo e deixava os que encostaram na grade "maiores" dos que estavam por trás.... É de lascar...

Pior do que toda essa situação só poderia ser a pobrada começar a se revoltar... (e, acredite, ela ensaiou isso.) Não que eu seja contrário às revoluções, mas o que poderia ser feito naquela hora? Digamos que faltariam uns 30 minutos pro show começar... Minha gente, relaxem aí, lembrem o preço que vocês pagaram... Lembrem bem, vocês são, não todos, pessoas inteligentes!

Mas não..., haja o povo discutir insistentemente sobre o assunto. Só sei que isso começou a me dar raiva. Que coisa mais chata. NADA IRIA MUDAR AQUILO. Eu não estava me incomodando mais com a estrutura, reconheci a merda que fizeram e pronto. Fiquei apenas aguardando meu showzinho, numa nice... Minha gente, aprendam uma coisa. Isso deve-se manter fixo na cabeça:


Pobre NUNCA terá vez na vida. Porque quando isso acontecer, não seremos nós, os pobres de hoje, que teremos essa oportunidade... rs


Não há como e nem por que se revoltar, Gandhi e Madre Tereza devem estar se revirando no caixão com essa atitude de vocês... Lembrem-se que vocês pagaram "ínfimos" trinta reais numa meia e que em outros lugares essa simplória "meia" custa 80.

Outra coisa MUITO importante: Entendam que se um cristão pagou 300 reais numa mesa, é claro, é ÓBVIO, que ele, no mínimo terá vantagens sobre você, seu pobre insignificante que não passa de um reles integrante do povão, que no máximo pagou 60 reais...

Começado o show, todas as pessoas interessantes e interessadas nas músicas e no artista calaram a boca. E os que ainda sairam falando da merda da estrutura e que o show foi ruim é porque não tiveram cabeça o suficiente pra compreender o espetáculo.

Uma pena ter durado tão pouco. Mas como diz alguma frase pronta por aí: "se as coisas boas fossem eternas, não saberiamos dar o valor que elas merecem."

***

****** Não custa lembrar:
"O texto acima é uma obra de ficção e qualquer coincidência com pessoas ou terceiros é meramente acidental ou usada como forma de paródia."

sábado, 8 de agosto de 2009

H2O

Antes de mais nada:

X: Você é uma água... Água vem e traz, água vai e leva...
MURILO: ?? ><


"COÉ, MERMÃO", já cansei de me perguntar COMO uma pessoa fala isso pra outra. Putz, meio que, pra mim, é (foi) a PIOR OFENSA. By the way... Só mais uma coisa:

VIDA DE ÁGUA? UMA PORRRRRRR***!

Pois é, "vejamos os motivos que me põem raiva no coração :DD" (eita, relaxe aí, o Brasil AINDA é nosso). O ser humano é uma coisa incrivel, mesmo: Se acostuma com tudo, supera tudo...

Até onde eu sei, o grande problema, é conosco (comigo). Meio que vivemos (vivo) numa merda de um "piloto automático" que facilita BASTANTE as coisas. Não existe coisa mais prática do que ver sua vida passando, uma vez que você está só de longe, sentado no "camarote"- assim, não se corre risco de nada... Por enquanto, não...
O problema só se agrava quando não se tem no que pensar e a pessoa passa a pensar na vida (a qual, vale salientar, "não existe".) E é nessas "paralóias derilantes" que surge A MERDA¹ e a pessoa passa a pensar constantemente:

pois é, deve ser tão bom ter uma vida interessante... que nem todo mundo, que nem gente normal...

Até aí tudo bem, existe uma carta na manga! Geralmente quem vê a vida passar pelos olhos é INVISÍVEL. Sério mesmo, essa marca de gente não faz diferença alguma, ninguém vê mesmo... Eis que surge: A MERDA² e a pessoa descobre (pela pior forma possível, que é quando a chamam de "ÁGUA" - ou seja, um bosta na vida) que, por incrível que pareça, a idéia da invisibilidade é furada (shit!) e que as pessoas sabem que ela existe, tanto sabem que vêem tudo o que você faz, ou seja: NADA.

Depois disso, não há mais remédio. Só, seguir em frente e dizer a si mesmo: "apartir de amanhã eu vivo."

Só mais uma referência:

eu vou ficar aqui torcendo para tudo melhorar.
juro que vou, e sei que vai passar o seu rancor.
o sangue não se torna água...

eu vou ficar aqui torcendo pra você se recuperar.
eu vou ficar, sim, cantando pra você ninar.
eu quero que tudo melhore...

calma, tenha calma, ninguém pode viver assim,
calma, tenha calma, que o mundo não tem fim.


O nome da música? ÁGUA!

****VALE SALIENTAR QUE O "ENSAIO SOBRE A VIDA-ÁGUA" NÃO PASSA DE UMA FICÇÃO. RELAXEM E LEIAM A ÚLTIMA ESTROFE DA MÚSICA (a qual é de autoria de KASSIN+2 {Quem é esse? Só Deus e o google sabem...}

ENCONTRO MARCADO

Os remédios haviam acabado. Certamente, daqui a alguns minutos os surtos de loucura chegariam. Já os podia sentir. Seus olhos, que sempre foram elogiados pela aparente seriedade, em questão de pouco tempo poderiam até saltar lhe da face. O físico de regularidade firme e travada tornar-se-ia trêmulo. Os cabelos que outrora se encontraram de acordo com o molde básico de pessoas aparentemente comuns, quase que impecavelmente alinhados, caminhariam às ruas em total desalinho. De natureza muito tímida, a simples visão da prateleira vazia era capaz de fazer com que seus pensamentos se transportassem para o futuro e o presenteassem com a premonição de que sua invisibilidade perante as pessoas que o cercavam fosse quebrada e que dali pra frente estaria em constante exposição. Tornar-se-ia “um nervo exposto na sociedade”. O sangue gelou. Os tão esquecidos sintomas na certa não tardariam a se fazer relembrados para o resto de sua vida. Se é que ela teria “um resto” após o furacão que já se anunciava. Na falta de ação, já que não poderia retardar todo o processo, sentou-se à mesa, com seriedade digna de rei e frieza de assassino. Definitivamente, não pertencia a esse mundo. Julgava-se ter uma visão “ampla” da vida e das pessoas que, inevitavelmente, o rodeavam. Prepotente? Se assim o fosse, prepotente não seria, uma vez que quem o é não sabe, nem ao menos cogita, que desse mal sofre. Tal característica “psicanalítica” muitas vezes o ajudou em questões de “diplomacia extrema”, mas sempre que possível – o que ocorria na maioria das vezes – não era capaz de medir esforços para que a reservasse a sete palmos do chão do interior de sua alma, onde lá apenas seu íntimo se “beneficiasse” do que a mente acreditava. Dúvidas não haviam de que sua existência se tratava da diferença, julgava apenas não ser necessário tornar púbico o contraste redundantemente destoante perante “pessoas simples” as quais são cotidianamente treinadas à futilidade. Pessoas essas, que, acreditava serem biologicamente condicionadas ao “deslumbre com as sombras que se projetam à parede da caverna”. A noite seguiu silenciosa entre a eternidade de pensamentos que já haviam sidos utilizados por suas teses sobre a sua própria personalidade, juntamente ao empenho na decodificação da personalidade de “terceiros”. Por onde andariam os surtos? Certamente perderam-se pelo caminho, melhor seria iniciar a “ceia requentada de carnavais passados” sem a companhia de seus, descobertos agora, “melhores amigos”.Cansou-se de apenas decifrar a si mesmo e aos outros. Após a refeição empenhou-se à autocrítica. Afinal, quem pensava ser ele para apontar o dedo de forma que, mais dissimuladamente, seria impossível, ao rosto dos outros? Certos eram “os terceiros”. O errado na história era ele. Como seria possível uma coisa dessas? Logo ele... Que sempre sentiu aversão a toda e qualquer criatura que arrotasse a petulante flor da arrogância. Não era digno de nada. Não era nada. No exato momento, mais um “castelo de areia”, que era como denominava o ápice de suas desilusões, caía por terra e era tragado por qualquer onda que, por entre risos, debochava de seu fracasso. O sono bateu lhe aos olhos e à boca. Melhor seria acompanhar a sonolenta cama, dormir com ela. Infelizmente, essa noite, ao jantar, passou sozinho. Sua melhor companhia, a loucura, de alguma forma, certamente, haveria de ter se cansado de sua ladainha cotidiana. Essa noite o havia abandonado. Ou não.