sexta-feira, 7 de maio de 2010

CARA-DE-CANECA

Sempre que viaja, na volta, essa pessoa me traz um presente {não que eu mereça, mas ela o faz mesmo assim. Acredito que seja mais por ela do que por mim}. Não sendo diferente dessa vez, na semana passada, recebi mais um. Na maioria das vezes são filmes, livros ou qualquer coisa que me alimente a alma.

Deparo-me com uma caneca em cima da mesa. Ótimo, o que vale é a lembrança. Achei-a até simpática. Pensando por esse lado, recordo que acumulo uma coleção destas. Enfim...
Eis que o utilitário continha alguns dizeres. Lidos e prontamente ignorados. Do tipo da coisa bem AMERICAN WAY OF LIFE... Se não me engano informações sobre tempo. Algo na linha de:

"time is money"
"all time its not time when it past"

Dias depois, questionado se apreciei ou não a caneca, fui fuzilado com mais duas perguntas e uma sentença:

Teria eu LIDO os dizeres do presente? Obviamente, sim.
Estaria eu APLICANDO esses conselhos? Obviamente, não.
Concluindo: atualmente, sou eu um PERDEDOR.

Horas a fio processando toda essa informação. Bastante reflexão... A verdade é que estava eu em choque. Cometi idolatria à pessoa mediante tamanha SUTILIDADE. Estive eu rente ao chão. Meu Deus, o presente era um aviso! Parabéns, Murilo, uma caneca lhe passou lição de moral! ...deprimente.

Devidamente acomodada {mais essa} frustração, recuperei o otimismo de praxe. Desde então, estaria eu fazendo força descomunal por uma mudança comportamental se não existissem portas a serem abertas.

Sim, eu explico... Em uma noite nebulosamente ensolarada, em busca da caneca querida - já havia me afeiçoado...- escancaro os armários e encontro várias gêmeas de minha canequinha.

(?!? - Cogitei a existência de apenas uma caneca-maldita, não suportaria consecutivas lições de moral... Estava eu rente ao chão novamente.)

Seguindo os preceitos da curiosidade que me movem, ao olhar atentamente para as xérox, encontro algo estranho...

...reflita...

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