quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VEM, MAR

E então minha alegria infla ao passo que a população de coqueiros vai aumentando. Meu comitê de recepção. Não vejo mais estrada à frente. O asfalto se perde no horizonte, e eu me perco imaginando que na próxima curva estarei cara-a-cara com o casamento de céu e água. Transportei-me. O clarão do Sol está fechando meus olhos e a areia é quente. O vento quer levar-me para longe, tal qual duna. As ondas arrebentando: gritando meu nome. Não dá mais pra segurar.

Os números que se explodam. Nesses dias só quero a riqueza de maresia no meu sangue. Quanto maior a taxa, melhor. Vem, mar: exorcizai-me.

4 comentários:

mente inconstante disse...

Estarei à vontade por aqui, então. :)
Lindas palavras.

Darlan disse...

Poucas vezes o mar foi tão exaltado. E melhor exorcismo não há, que seja lavado tudo o que há para ser. Abraços!

Cecília Ferreira disse...

O mar,tão misterioso né?suas palavras tão doce e encantadoras!
Parabéns!
Beijo

Paula Oliveira disse...

Nossa, que coisa mais linda!

Obrigada pela visitinha lá em "casa". Realmente é isso mesmo, dói bastante ver as coisas escaparem entre os dedos.

Quanto ao seu sumiço, receba meu puxão de orelha! =) Imagine, eu compreendo. Um feliz ano pra você também!

Beijo