sexta-feira, 5 de março de 2010

A GÊNESE DA CORRUPÇÃO BRASILEIRA

Descoberta a fonte de onde vem o “jeitinho brasileiro” de dar “nó em pingo d’água”

Sendo o povo brasileiro resultado de imensa mistura de povos oriunos de diversas localidades, presume-se que não só caracteres estéticos são transmitidos. Existe também a passagem de toda uma carga comportamental. Em época colonizatória, enquanto nosso território era habitado apenas por nativos, Portugal - enquanto pioneiro em grandes navegações - não era tamanha potência em outras áreas que não envolvessem aventuras marítimas ou uma burguesia em ascensão – recursos escassos esses que são os humanos (não havia gente disposta a enfrentar um novo continente e seus riscos) e monetários (Se não fosse a iniciativa privada, nem sequer uma canoa desembarcaria do cais português. A Coroa limitava-se a “olhar de longe”.) Como medida para unir as utilidades ao que fosse agradável, uniu-se o dinheiro dos burgueses à escória da população que não tinha sequer outra opção de vida. O instinto (ruim ou bom) de uma pessoa não é levado em conta quando o que se pretende fazer em uma nova terra é apenas sugar riquezas. O trabalho que um Dalai Lama faria teria o mesmo desempenho que o de um Osama Bin Laden. O importante era ter disposição para o trabalho. Nada mais. Sendo as piores espécies de pessoas os primeiros a entrar em contato com nossa –até então – virgindade indígena, foram os primeiros a se misturar e transmitir toda a sorte de concepções vis e inadequadas.

A proliferação incessante se encarregou de gerar o que hoje quase já é conhecido como um esteriótipo homogêneo: O brasileiro. Driblando toda a sorte de adversidades foi-se adquirindo certa malícia – malícia essa que já veio parcialmente desenvolvida de nossos antepassados colonizadores. O que fizemos foi adaptá-la e “melhorá-la”.

Tem-se por corrupção apenas certos modelos políticos que gerenciam e administram o país, porém, corrupção é uma coisa só. O que muda é o agente e o meio. Assim como é corrupto aquele que - em alto escalão - desvia rios de verbas públicas é aquele que simplesmente – em periculosidades e riscos menores - fura filas, desrespeita leis e pessoas, desconsidera regulamentos e responsabilidades, polui, engana, trapaceia, bagunça, manipula e atrapalha...

Seria culpa nossa? Ou de quem nos gerou? Não importa. Apenas é necessária reeducação e reconstrução moral. O país transcreveu-se em chacota interna e mundial por possuir - pelo meio de eleição direta – o que há de mais corrupto quanto à administração. No entanto, ao quebrarmos com essa concepção de que “todos roubam” e iniciarmos sanando nossos mínimos atos corruptos do dia-a-dia atingiremos o respeito de um país que começou errado, vivenciou o erro e terminou de forma certa.

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