segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ENTRE MURILO E O FIM-DE-ANO

Não sei bem o por quê dessa ligação entre mim e o finais dos anos.
Existem pessoas que não se interessam pela série de confraternizações dezembrinas {também pelas janeirinas, fevereirinas, marcinas... É uma corja mal amada, MESMO. Rs}. Comigo é diferente. O único, e restrito à minha pessoa, "acontecimento" que passou a não surtir o mesmo efeito das demais comemorações, pelo menos não mais, são os meus aniversários. Não que sejam insignificantes ou que eu não simpatize com essa data. Ultimamente até andei espalhando que aniversários são verdadeiras furadas. Talvez fosse para me convencer {o que, diga-se de passagem, não foi de eficácia 100%}. Tomei liberdade de usar até o discurso manjado de um sistema maior que nos obriga ao consumo a todo momento. O qual se aproveita dessas ocasiões para arrancar-nos um ror de dinheiro, transformando a data em mais uma celebração puramente comercial. Tornar essa bestagem (ou não) pública só me conferiu um status de azedo, ranzinza e mal amado.

O problema com a data em que acrescento mais um verão à minha vida passou a existir há alguns anos. Prá "jogar a real" desde que tomei consciência da frustração que é um 7 de Dezembro na minha vida. Desde sempre eu esperei demais das coisas {logo: ranzinza só pode ser sua mãe, porque eu mesmo é que não sou!}. Quando criança, odiava-o por a data ser sempre muito distante. Afinal, precisava percorrer todo um longo ano prá, finalmente, subir em cima de uma cadeira e me sentir triunfante frente ao bolo. Também me entristecia bastante por presenciar aquela série de aniversários na escola. E o meu nunca acontecia. Pelomenos não durante um ano letivo {hoje, obrigado, Deus! Tenho ciência da alegria que é não fazer aniversário em plena quarta-feira de Março}. Superados esses traumas (juntamente com essa faixa etária): o que passou a me incomodar {muito} foram os presentes. Como todo aborrecente são, odiava ganhar roupas {vale salientar que esse ódio ficou no passado. Portanto, devido à carência da minha atual existência, quem se sentir tocado com essa súplica pode, SIM, me ofertar uma peça de roupa! Tcharam! Promoção de fim de ano: Faça um maltrapilho feliz nesse Natal! Grato}. Se não bastassem as infelizes roupas: Lembro-me como se fosse hoje quando ganhei uma agenda para números de telefone (presente topNONSENSE). A qual, não desmerecidamente, continha uma caneta {que nem prá prestar servia} devidamente acoplada à capa. O mais frustrante era que o presente poderia ter vindo de qualquer pessoa... Mas a punhalada veio do seio da minha família! Minha própria mãe, desde esse tempo, adorava me sacanear com "presentes" do gênero... No ano seguinte, a mesma pessoa fez o favor de me dar a caneta que faltava para que eu seguisse a feliz carreira de anotador de telefones. Suprindo assim, o que deixava a desejar no presente do ano anterior. Ainda, durante a transição "pinto-frango", a simples melodia de um "com quem será" era uma verdadeira sentença de morte. Até hoje, ainda não entendi, o por quê dessa bestagem. Um ritual tão lindo, rapaz... {CHEGOU A PARTE DA ANTROPOLOGIA! Visualizem a ""regressão"": Quando crianças (bem criancinhas mesmo), todo mundo adorava exibir possíveis namoradinhas do jardim-da-infância, depois, quando "mais vividos" (tipo uns 6 ou 7 anos), começa o que eu chamo de SSI (Segregação Sexual Infantil) ou seja, menino lá, menina cá. Passada essa fase, cai a massa global de adolescentes na pegação generalizada e daí pra frente, se não houver o que freie esse "descontrole sexual" (uma paixão, um namoro {fiel, rs}, um buxo, um casamento {fiel também, claro, rs}, um celibato, uma ordenação, etc.) a tendência é só piorar. E a meta é a promiscuidade MESMO (HAHAHA)... Eu "si divirto" muito com essas coisas... Enfim,}

Pois é, voltando à era em que disse que sempre esperei demasiadamente de muita coisa {e que o ranzinza da história é VOCÊ, junto com sua carrada de familiares. Até porque ranzinzas que se prezem só esperam, SE é que esperam alguma coisa, "essa coisa" é o pessimismo e a "alegria" de poder jogar em sua face um "doce" na linha de: "TÁ VENDO? EU AVISEI! MAS VOCÊ NÃO ME ESCUTA, IMBECIL!..."}. Quando eu digo que sempre esperei demais de tudo, sobretudo em aniversários, é o motivo pelo qual, ATUALMENTE, sou desiludido com essa confraternização. Quando lembro de um aniversário de alguém querido, procuro sempre nem que seja mandar, no mínimo, um recado bem "dahorinha". Se me falarem de festa-surpresa eu dentro, sempre dou abraço, {se der} faço carta, {se der} ligo... Tudo bem que no quesito PARABENIZAÇÃO eu sou um ótimo plantador de tomate, mas porra, me esforço BASTANTE!... Pois é, geralmente, nos meus aniversários eu espero coisas maiores legais, e nunca acontece nada (desabafei, cara...HAHAHAH). Tudo bem que no último aniversário nem o capeta me encontrava, mas algumas pessoas ainda me acharam e deram aquela ligadinha-amiga-parabenizatória! Do fundo do meu coração: fizeram um indigente muito feliz! {A vocês, poucas pessoas que se lembram da minha existência, e de que eu faço aniversário, o meu sincero: MUITO OBRIGADO! E que a Paz de Cristo esteja contigo, Irmão!} Se você, gohst, não leu o post anterior, de antemão eu aviso que sou uma pessoa desgovernada, e por consequência do destino, sou muito carente (desabafei novamente, cara... HAHA). Eu tentei, juro que tentei, não gostar de aniversários. Mas no fundo eu gosto. A partir de hoje {além de assumir um compromisso com a paz mundial} vou aproveitar essas datas anuais prá fazer um pensamento "bacana-positivo" e tentar segurar esse meu ego carente. Prometo que vou tentar!

No mais, as outras comemorações de fim-de-ano, eu gosto por gostar, mesmo. Acho bonita e interessante essa cultura. Essa "beleza" não quer dizer que elas, contrastando com os aniversários, sejam sempre maravilhosas. Nos últimos dois anos, meus Natais se resumiram ao entupimento alimentício {não que eu ache ruim... Descobri AGORA o por quê de eu apreciar o Natal! Com toda certeza, além de outros agradabilíssimos paleativos, é a comida! ! Passo todo um ano me alimentando de mal a pior e quando chega o Natal, camarada... Ah, o Natal... Acabei de cavar meu buraco com destino ao inferno com essa confissão. Que vergonha... Resumi uma data tão importante à mera tiração-de-buxo-de-miséria... Perdão, Senhor!}. Gosto muito do natal. PONTO.

Já as Viradas de Ano, na última que vivenciei, descobri a autonomia que possuo para fazer meu próprio marco inicial de Ano Novo! {Faça o seu também! Basta pegar uma garrafa PET, uma tesoura sem ponta...} Em meio a uma maré de desânimo, surtiu uma súbita alegria, advinda de não sei onde {prá onde ela foi, e nunca mais voltou eu também não sei. Só peço que a caridade que me foi feita se repita a cada 365 dias! *seguindo também as particularidades de anos bissextos too}. Lembrarei para todo o sempre....

Diferentemente dos anos anteriores, passei "REVEION" em uma cidadezinha do interior. Foi ótimo. A bandinha fazendo um som lá, e um Murilo quase que possuído por "ecstasy" pulava cá. Felizes recordações...


Declaro, pelos devidos fins, que estou de braços abertos ao fim de ano! E que assim como o Pálio que ele "renove os meus conceitos" cada vez mais {otimista por fim das forças modo on}.

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